Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (Edição de Estudo) (nwtsty, pt_BR, 2023)
Isaías
Isaías, 59
1 Vejam! A mão de Jeová não é curta demais para salvar, E o seu ouvido não é tão surdo*1 que não possa ouvir.
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2 Não, foram os seus próprios erros que os separaram do seu Deus. Os seus pecados fizeram com que ele escondesse de vocês a sua face, E ele se recusa a ouvi-los.
3 Pois as suas mãos estão manchadas de sangue; E os seus dedos, de erro. Os seus lábios falam mentiras, e a sua língua murmura injustiça.
4 Ninguém clama por justiça E ninguém fala a verdade quando vai a juízo. Eles confiam em irrealidades*1 e falam coisas sem valor. Concebem desgraça e dão à luz a maldade.
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5 Eles chocam ovos de uma cobra venenosa E tecem teias de aranha. Quem come seus ovos morre, E do ovo quebrado sai uma víbora.
6 A teia deles não servirá de roupa, Nem se cobrirão com o que fazem. Suas obras são más, E praticam violência com suas mãos.
7 Seus pés correm para fazer o mal, E eles se apressam em derramar sangue inocente. Seus pensamentos são pensamentos maus; Há ruína e desgraça nos seus caminhos.
8 Não conhecem o caminho da paz E não há justiça por onde passam. Eles entortam as suas veredas; Ninguém que pisar nelas conhecerá a paz.
9 Por isso a justiça está longe de nós, E a retidão não nos alcança. Esperamos a luz, mas há escuridão; A claridade, mas continuamos andando em trevas.
10 Tateamos pelo muro como cegos; Continuamos a tatear como os que não têm olhos. Tropeçamos ao meio-dia como se fosse noite; Somos como mortos entre os fortes.
11 Todos nós rugimos como ursos E gememos como pombas. Esperamos a justiça, mas em vão; A salvação, mas ela está longe de nós.
12 Pois os nossos atos de rebeldia são muitos diante de ti; Cada um dos nossos pecados dá testemunho contra nós. Porque conhecemos bem a nossa rebeldia; Estamos cientes dos nossos erros.
13 Transgredimos e negamos a Jeová; Demos as costas ao nosso Deus. Falamos de opressão e de revolta, Concebemos mentiras e murmuramos falsidades procedentes do coração.
14 A justiça é obrigada a se afastar, E a retidão fica longe; Pois a verdade*1 tropeçou na praça, E o que é certo não consegue entrar.
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15 A verdade*1 desapareceu, E quem se desvia do mal é vítima de saque. Jeová viu isso e se desagradou,*2 Pois não havia justiça.
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16 Ele viu que não havia ninguém, Ficou espantado que ninguém intercedesse, De modo que o seu próprio braço trouxe a salvação,*1 E a sua própria justiça o levou a agir.*2
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17 Então ele vestiu a justiça como se fosse uma cota de malha, E pôs na cabeça o capacete da salvação.*1 Ele colocou a roupa da vingança E vestiu-se de zelo como se fosse uma capa.*2
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18 Ele lhes retribuirá pelo que fizeram: Furor aos seus adversários, retribuição aos seus inimigos; Dará às ilhas o que elas merecem.
19 Desde o poente o nome de Jeová será temido, E desde o nascente a sua glória será reverenciada, Pois ele virá como um rio impetuoso, Que é impelido pelo espírito de Jeová.
20 “O Resgatador chegará a Sião, Aos de Jacó que abandonam a transgressão”, diz Jeová.
21 “Este é o pacto que eu farei com eles”, diz Jeová. “Meu espírito, que está sobre você, e minhas palavras, que pus na sua boca, não se afastarão de sua boca, nem da boca de seus filhos,*1 nem da boca de seus netos”,*2 diz Jeová, “desde agora e para sempre”.
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